Aberta a chamada de simpósios e a indicação de plenaristas para o XXI B-MRS Meeting (Maceió, 1º a 5 de outubro de 2023).

logo2023Está aberta até 3 de dezembro deste ano a chamada de propostas de simpósios para compor o XXI B-MRS Meeting, que será realizado de 1º a 5 de outubro de 2023 em Maceió (Alagoas, Brasil), com coordenação dos professores  da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Carlos Jacinto da Silva (Instituto de Física) e Mario Roberto Meneghetti (Instituto de Química e Biotecnologia).

As propostas podem ser submetidas por equipes de pesquisadores (doutores), de preferência de composição internacional, que desejem organizar um simpósio dentro do evento sobre um tema de pesquisa na área de Ciência e Tecnologia de Materiais – desde o design, síntese e caracterização dos materiais até as suas aplicações nos mais diversos segmentos. A lista com os simpósios finais aprovados será publicada em 16 de dezembro deste ano.

Para submeter uma proposta de simpósio, basta preencher, em idioma inglês, o formulário online disponível em http://sbpmat.org.br/proposed_symposium/.

Além disso, a comissão organizadora do evento convida a comunidade a enviar sugestões de palestrantes para as plenárias (cientistas internacionalmente renomados, que possam dar uma palestra motivacional sobre os avanços alcançados ao longo do tempo em um determinado tema de pesquisa, bem como os desafios e perspectivas para o futuro. As palestras plenárias devem interessar um público amplo, com diferentes níveis de formação e especialidades temáticas.

As sugestões de plenaristas devem ser enviadas até 20 de novembro deste ano por meio deste formulário Google.

Site do XXI B-MRS Meeting: https://www.sbpmat.org.br/21encontro/.

 

Artigo em destaque: Catalisadores para a produção sustentável de peróxido de hidrogênio.

Esta figura esquemática mostra um gerador eletroquímico de peróxido de hidrogênio e, no detalhe, o catalisador desenvolvido pela equipe brasileira.
Esta figura esquemática mostra um gerador eletroquímico de peróxido de hidrogênio e, no detalhe, o catalisador desenvolvido pela equipe brasileira.

Conhecido como água oxigenada na sua versão diluída e farmacêutica, o peróxido de hidrogênio (H2O2) é um composto amplamente utilizado, sobretudo como alvejante ou antisséptico na produção de papel e celulose, em produtos de limpeza e beleza e no tratamento de águas residuais, entre outras aplicações. Com um mercado grande e crescente, a produção de peróxido de hidrogênio tem o desafio de se tornar mais sustentável, usando métodos que sejam amigos do meio ambiente e que permitam que o composto seja obtido no mesmo local em que será usado, diminuindo os riscos, custos e impacto ambiental do transporte. Nesse cenário, produzir peróxido de hidrogênio em geradores eletroquímicos usando basicamente água, ar e eletricidade é um caminho promissor, que, inclusive, algumas empresas já estão trilhando. Todavia, o sucesso desse processo depende, em grande parte, de contar com catalisadores eficientes, estáveis e de baixo custo.

Em artigo científico recentemente publicado, uma equipe formada por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), e Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) fez uma contribuição nesse sentido. Eles desenvolveram catalisadores baseados em nanofitas de grafeno e nanopartículas metálicas e estudaram em detalhe o seu desempenho na produção eletroquímica de peróxido de hidrogênio. Além de mostrar que esses catalisadores melhoram significativamente a eficiência da reação, equiparando-se aos melhores catalisadores convencionais em alguns aspectos, o estudo avançou a compreensão de fenômenos fundamentais que abrem possibilidades para continuar otimizando a obtenção eletrocatalítica de peróxido de hidrogênio.

Imagens de microscopia eletrônica de transmissão do material catalisador. É possível observar as nanopartículas (neste caso, de óxido de paládio e molibdênio) ancoradas nas nanofitas de grafeno.
Imagens de microscopia eletrônica de transmissão do material catalisador. É possível observar as nanopartículas (neste caso, de óxido de paládio e molibdênio) ancoradas nas nanofitas de grafeno.

“Propusemos a síntese de catalisadores com baixo teor de metal nobre (≤6,4 % em massa), com alta eficiência catalítica e alta durabilidade para a produção eletroquímica de H2O2”, diz o professor Gilberto Maia (UFMS), coautor do artigo. De fato, metais nobres, como o ouro e o paládio, são conhecidos pelas suas propriedades catalíticas, mas têm a desvantagem do custo. “Nossos catalisadores foram construídos a partir de óxidos de molibdênio, ouro e paládio, que juntos formam nanopartículas ancoradas na superfície de nanofitas de grafeno”, descreve Maia.

A equipe testou a eficiência dos catalisadores com relação à geração de peróxido de hidrogênio por meio da reação de redução de oxigênio via dois elétrons (RRO-2e-), na qual uma molécula de oxigênio, dois cátions hidrogênio e dois elétrons formam uma molécula desse composto. Principalmente, os pesquisadores testaram, com resultados muito positivos, a atividade do catalisador (a sua capacidade de aumentar a velocidade da reação), a sua seletividade (a sua habilidade de direcionar a reação para um determinado produto, neste caso, o peróxido de hidrogênio) e a sua estabilidade (a capacidade de manter as suas propriedades ao longo do tempo).

“Os resultados obtidos mostraram que a atividade catalítica melhorada para RRO-2e- foi promovida por uma combinação de fatores incluindo geometria, teor de paládio, distância entre partículas e efeitos de bloqueio de sítios ativos, enquanto que a estabilidade eletroquímica dos catalisadores pode ter sido aprimorada pela presença de molibdênio”, diz o professor Maia.

O trabalho se desenvolveu dentro da colaboração entre pesquisadores do Instituto de Química da UFMS e do Grupo de Pesquisa de Eletroquímica Ambiental do IQSC-USP, os quais vêm trabalhando em conjunto na síntese, caracterização e aplicação de materiais eletrocatalíticos. De acordo com os autores, a ideia principal e as primeiras combinações de síntese envolvendo os metais utilizados surgiram como desdobramento da tese de doutorado de Guilherme Fortunato, que teve orientação do professor Gilberto Maia e foi defendida pela UFMS em 2019. O trabalho teve continuidade e finalização dentro do pós-doutorado de Fortunato, realizado no IQSC sob supervisão do professor Marcos Lanza.

A pesquisa contou com financiamento das agências brasileiras federais e estaduais Capes, CNPq, FAPESP e FUNDECT-MS.

Alguns dos autores do artigo. A partir da esquerda: Guilherme V. Fortunato, Leticia B. Siqueira, Eduardo S. F. Cardoso, Marcos R. V. Lanza e Gilberto Maia.
Alguns dos autores do artigo. A partir da esquerda: Guilherme V. Fortunato, Leticia B. Siqueira, Eduardo S. F. Cardoso, Marcos R. V. Lanza e Gilberto Maia.

Referência do artigo científico: Using Palladium and Gold Palladium Nanoparticles Decorated with Molybdenum Oxide for Versatile Hydrogen Peroxide Electroproduction on Graphene Nanoribbons. Guilherme V. Fortunato, Leticia S. Bezerra, Eduardo S. F. Cardoso, Matheus S. Kronka, Alexsandro J. Santos, Anderson S. Greco, Jorge L. R. Júnior, Marcos R. V. Lanza, and Gilberto Maia. ACS Applied Materials & Interfaces 2022 14 (5), 6777-6793. DOI: 10.1021/acsami.1c22362.

Contato dos autores correspondentes: g.fortunato@usp.br e gilberto.maia@ufms.br.

Artigo em destaque: Terra e bambu para argamassas mais sustentáveis.

Aplicação da argamassa de terra e bambu.
Aplicação da argamassa de terra e bambu.

Assim como os outros setores da economia, a construção civil enfrenta um importante desafio: o de reduzir progressivamente as emissões de gases do efeito estufa e se tornar cada vez mais sustentável. Nesse sentido, existem esforços na comunidade científica para desenvolver materiais de construção que tenham impacto ambiental positivo em todas as fases da edificação, começando pela extração das matérias-primas, passando pelo uso dos prédios e chegando à reciclagem dos resíduos no final da vida útil da obra. Para isso, uma das estratégias que vêm sendo exploradas é a incorporação de matérias-primas naturais, como a terra crua e a biomassa, aos materiais de construção.

Em artigo recentemente publicado no periódico Construction and Building Materials, uma equipe científica brasileira reporta o desenvolvimento e estudo de argamassas baseadas em terra crua e resíduos de biomassa vegetal (partículas de bambu) com potencial para uso como reboco de paredes internas.  Além de analisar as propriedades dessas argamassas, os autores avaliaram seu impacto ambiental, principalmente com relação às emissões de dióxido de carbono envolvidas na sua preparação, uso e descarte.

“A principal contribuição deste trabalho é evidenciar a viabilidade da produção de argamassas baseadas em recursos naturais localmente disponíveis (terra crua e biomassa vegetal – bambu) na construção de um portfólio de soluções construtivas de baixo carbono e de baixo consumo energético”, diz Romildo Dias Toledo Filho, professor do Programa de Engenharia Civil  da Coppe, o instituto de pós-graduação e pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), quem liderou o trabalho.

Para produzir as argamassas, a equipe científica utilizou terra crua, partículas de bambu, cal hidratada, cimento Portland e areia natural, entre outros ingredientes. As partículas de bambu foram obtidas a partir de resíduos do setor moveleiro do estado do Rio de Janeiro e processadas para obter fibras de algumas centenas de micrômetros de diâmetro e até 2 cm de comprimento.

Quatro tipos de argamassa foram produzidos: um deles sem bambu e os outros com diferentes proporções de partículas (3, 6 e 9% do volume total).  Além de estudar as suas propriedades físicas, mecânicas e térmicas, os autores do estudo quantificaram as emissões de gases do efeito estufa envolvidas no ciclo de vida das argamassas. Utilizando metodologias bem estabelecidas, os pesquisadores avaliaram as argamassas de terra desenvolvidas e as compararam com argamassas convencionais. O estudo considerou todo o ciclo de vida do material.
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A pesquisa mostrou bons resultados para as argamassas de terra e bambu e explicitou o peso de cada fator nas emissões de carbono envolvidas, apontando caminhos para reduzi-las ainda mais. As argamassas de terra, principalmente aquela com maior proporção de bambu, apresentaram emissões menores do que as convencionais devido ao estoque de carbono do bambu. De fato, vegetais da biomassa extraem dióxido de carbono da atmosfera por meio da fotossíntese e o utilizam para crescer. Quando essa biomassa é incorporada a uma argamassa, o carbono permanece armazenado e a sua emissão é evitada. Esse ganho ambiental se potencializa quando os resíduos do processamento de biomassa são aproveitados como fonte de matéria-prima, como ocorreu no trabalho da Coppe.

Além disso, os testes de densidade, condutividade térmica e resistência mostraram que as argamassas de terra com bambu, principalmente a que continha 6% de biomassa, podem ter um desempenho muito bom como reboco de paredes internas de prédios, por ter aderência e resistência adequadas e melhorar a eficiência energética dos ambientes. “As argamassas de terra que incorporam biomassa vegetal apresentam a peculiaridade da porosidade aberta, e essa característica confere às mesmas o potencial de atuar como revestimento e material passivo de regulação higrotérmica do microclima interno dos ambientes, tornando-os mais salubres, proporcionando melhores condições de saúde aos ocupantes e diminuindo o consumo de energia para climatização artificial da edificação”, explica o professor Romildo.

O trabalho foi desenvolvido dentro do doutorado em Engenharia Civil de Rayane de Lima Moura Paiva, com financiamento do CNPq e FAPERJ e orientação do professor Romildo e do professor Lucas Rosse Caldas. O estudo faz parte de uma linha de pesquisa em argamassas de terra e biomassa que está em andamento no Núcleo de Materiais Sustentáveis da Coppe em parceria com um grupo da ETH Zürich (Suíça).

Os autores do artigo: Rayane de Lima Moura Paiva, Lucas Rossi Caldas, Adriana Paiva de Souza Martins e Romildo Dias Toledo Filho.
Os autores do artigo: Rayane de Lima Moura Paiva, Lucas Rossi Caldas, Adriana Paiva de Souza Martins e Romildo Dias Toledo Filho.

Referência do artigo científico: Potentiality of earth-based mortar containing bamboo particles for GHG emissions reduction. Rayane de Lima Moura Paiva, Lucas Rosse Caldas, Adriana Paiva de Souza Martins, Romildo Dias Toledo Filho. Construction and Building Materials. Volume 317, 24 January 2022, 125971. https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2021.125971
Contato do autor: Prof. Romildo Dias Toledo Filho – toledo@coc.ufrj.br

Sócios da SBPMat são palestrantes na abertura do Ano Internacional do Vidro (ONU).

zanotto e andreaDois sócios da SBPMat constam no grupo de 30 palestrantes de diferentes países e setores (indústria, academia, mídia, museus, arte) que vão falar na Cerimônia de Abertura do Ano Internacional do Vidro (2022), estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Trata-se do professor Edgar Zanotto (UFSCar), sócio fundador da SBPMat, quem proferirá uma palestra sobre educação na área de vidros, e a professora Andrea S. S. de Camargo (IFSC-USP), atual diretora científica da Sociedade, que vai falar sobre ciência de vidros no Brasil.

O evento, gratuito, será realizado nos dias 10 e 11 de fevereiro no Palácio das Nações (Genebra, Suíça) e será transmitido ao vivo neste link https://media.un.org/en/webtv/.

Mais informações sobre o evento: https://iyog2022oc.org/.

Mensagem de final de ano.

No ano de 2021, a pandemia continuou dominando nossas vidas, mas as vacinas que a ciência nos proporcionou em tempo recorde estão cumprindo seu papel. Aos poucos fomos saindo de nossa vida virtual retomando atividades presenciais para incorporar essa nova realidade.

Infelizmente, porém, nosso evento este ano ainda teve que ser virtual. Apesar disso, foi possível sentir pela telinha a presença de cada um de vocês!! A cada trabalho apresentado, a cada pergunta feita por um estudante, sentimos reafirmar que a ciência continua bem representada em nosso país! Isso nos dá esperança para o futuro – esperança tão necessária frente aos enormes desafios que temos pela frente.

Carl Sagan dizia que temos que conhecer o passado para entender o presente. E passado e presente nos mostram que educação e ciência são a base principal para um futuro com condições dignas de vida e bem estar social. Esperamos que em 2022 continuemos a lutar juntos por esses valores, resistindo ao negacionismo que ainda tenta se manter presente em nossa sociedade. E que possamos finalmente compartilhar presencialmente nossas experiências – e nossa ciência – em Foz de Iguaçu!

Um excelente final de ano a todos, observando todos os cuidados sanitários necessários. 🙂

Diretoria da SBPMat

Artigo em destaque: Otimizando nanotubos para a produção de hidrogênio verde.

Geração de hidrogênio em célula fotoeletroquímica com o fotoanodo desenvolvido pela equipe pernambucana.
Geração de hidrogênio em célula fotoeletroquímica com o fotoanodo desenvolvido pela equipe pernambucana.

Um trabalho realizado em instituições pernambucanas traz uma contribuição ao desenvolvimento de nanomateriais com potencial para superar um importante desafio energético: a geração de hidrogênio por meio de processos sustentáveis. De fato, a molécula de hidrogênio é considerada um combustível limpo porque o seu uso, ou “queima”, não emite gases do efeito estufa. Porém, a produção dessa molécula é responsável por emitir centenas de toneladas de dióxido de carbono por ano.

Felizmente, caminhos mais sustentáveis para se produzir hidrogênio molecular estão sendo explorados por cientistas ao redor do mundo.  Os mais “verdes” de todos são os processos fotoeletroquímicos, que consistem em quebrar a molécula de água (H2O) usando eletricidade proveniente de conversão fotovoltaica; ou seja, da transformação de fótons em elétrons. Esses processos são realizados em células fotoeletroquímicas – sistemas simples e baixo custo compostos, basicamente, por um fotoanodo, onde ocorre a absorção da luz solar e a consequente geração de uma corrente de elétrons, e um cátodo, em cuja superfície o hidrogênio se desprende da molécula de água pela ação da eletricidade gerada no fotoanodo. Nesse contexto, é essencial desenvolver materiais para o fotoanodo que sejam eficientes e duráveis, e que possam ser produzidos por meio de processos de baixo custo e amigos do meio ambiente.

Em artigo recentemente publicado no Journal of Power Sources (fator de impacto 9,1270), cientistas do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) reportam um método simples e limpo para produzir nanocompósitos capazes de gerar uma corrente elétrica a partir da luz do sol. O trabalho também apresenta bons resultados da aplicação do material obtido como fotoanodo na produção de hidrogênio.

Desafio: aumentar a sensibilidade do fotoanodo

O dióxido de titânio (TiO2) é o material mais utilizado em fotoanodos. À diferença de outros semicondutores, ele não é tóxico e não se degrada facilmente em contato com a luz e a água. Contudo, esse material tem uma limitação que afeta a sua eficiência: ele consegue absorver apenas luz ultravioleta, deixando de aproveitar as outras radiações presentes na luz solar. Por esse motivo, esforços científicos têm sido realizados no sentido de expandir a sensibilidade do TiO2. Esse foi exatamente o objetivo da equipe do CETENE e UFPE no início do trabalho conjunto. A estratégia adotada foi integrar nanocristais semicondutores (pontos quânticos) a nanotubos de TiO2 e, dessa forma, obter um material que seja mais sensível à luz solar graças à ação sinérgica de ambos os semicondutores.

Os pesquisadores começaram por sensibilizar os nanotubos com nanocristais de sulfeto de bismuto (Bi2S3), conta Denilson V. Freitas, que hoje atua como pesquisador no CETENE com bolsa  PCI do CNPq e participa desta linha de pesquisa desde o início, quando fazia o doutorado em Química na UFPE.  Nos experimentos, os cientistas notaram que o método de preparação do nanocompósito impactava significativamente seu desempenho fotoeletroquímico, e reportaram esses resultados em artigo publicado em 2018 na ACS Applied Energy Materials (fator de impacto 6,024). “Verificamos que os melhores resultados fotoeletroquímicos foram para o método assistido por ligante quando comparado com o método hidrotermal”, diz Denilson. Dessa forma, o primeiro método foi escolhido. Na sensibilização por ligante, os nanotubos de TiO2, suportados em folhas de titânio, são submersos em uma solução contendo os nanocristais escolhidos. Ambos os materiais interagem e, no final do processo, os pontos quânticos ficam adsorvidos na superfície dos nanotubos.

A segunda fase da pesquisa foi realizada dentro do mestrado em Ciência de Materiais de Danilo A. P. Velásquez, realizado na UFPE. Desta vez, a equipe científica utilizou nanocristais de prata, índio e selênio (AgIn5Se8) com o objetivo principal de determinar qual seria o tempo ótimo de submersão dos nanotubos na solução, já que os pesquisadores tinham notado que concentrações elevadas de nanocristais na superfície dos nanotubos afetavam negativamente o desempenho do nanocompósito. Para isso, eles fizeram uma série de experimentos variando o tempo de submersão entre 1 hora e 48 horas.

Nanotubos de dióxido de titânio sem pontos quânticos (esquerda), sensibilizados com pontos quânticos por 2 horas (centro) e por 72 horas (direita).
Nanotubos de dióxido de titânio sem pontos quânticos (esquerda), sensibilizados com pontos quânticos por 2 horas (centro) e por 72 horas (direita).

Além de observar por técnicas de microscopia eletrônica a concentração de nanocristais obtida em cada caso, os pesquisadores conferiram o desempenho de cada amostra. Os resultados mostraram que a performance fotoletroquímica dos nanotubos melhorou de forma crescente com o tempo de sensibilização até as 24 horas de imersão, quando o nanocompósito obtido gerou uma fotocorrente 2,4 vezes maior do que os nanotubos puros. Além disso, os nanotubos otimizados também melhoraram a sua performance na produção de hidrogênio, a qual foi 3,1 vezes maior do que a do material sem pontos quânticos. Os experimentos também demonstraram que, após as 24 horas de imersão, a concentração de nanocristais se tornou excessiva e prejudicou a funcionalidade do nanocompósito. “O trabalho mostrou que a otimização temporal da sensibilização dos nanotubos é uma etapa importante na produção de sistemas mais eficientes”, resume Denilson.

A pesquisa foi realizada por pesquisadores e estudantes ligados aos programas de pós-graduação em Química e Ciência de Materiais da UFPE,  coordenados pelo professor Marcelo Navarro, e ao CETENE, liderados pela pesquisadora e diretora do centro Giovanna Machado. A aquisição de imagens dos nanotubos sensibilizados por microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução foram realizadas no SENAI-MG. Os trabalhos contaram com financiamento das agências brasileiras de apoio à pesquisa CNPq, FACEPE, CAPES e Finep.

Os autores do paper. A partir da esquerda: Danilo A. P. Velásquez, Felipe L. N. Sousa, Thiago A. S. Soares, Anderson J. Caires, Denilson V. Freitas, Marcelo Navarro e Giovanna Machado.
Os autores do paper. A partir da esquerda: Danilo A. P. Velásquez, Felipe L. N. Sousa, Thiago A. S. Soares, Anderson J. Caires, Denilson V. Freitas, Marcelo Navarro e Giovanna Machado.

Referência do artigo científico: Boosting the performance of TiO2 nanotubes with ecofriendly AgIn5Se8 quantum dots for photoelectrochemical hydrogen generation. Danilo A.P.Velásquez, Felipe L.N.Sousa, Thiago A.S.Soares, Anderson J.Caires, Denilson V.Freitas, MarceloNavarro, GiovannaMachado. Journal of Power Sources. Volume 506, 15 September 2021, 230165. https://doi.org/10.1016/j.jpowsour.2021.230165.

Contato da autora correspondente: Giovanna Machado – giovanna.machado@cetene.gov.br.


 

XIX B-MRS Meeting + IUMRS ICEM: Students Awards and Prizes.

Bernhard Gross Award

(Established by B-MRS in honor of Bernhard Gross, a pioneer of Brazilian materials research. It distinguishes the best oral and poster contributions presented by students in each symposium)

Symposium A – Poster. Ezequiel Lorenzett. Natural latex and graphite nanocomposites for low-cost flexoelectric sensor and energy harvesting devices.

Symposium A – Oral. Lucas Leão Nascimento. Development of Bi2WO6 photoanodes for selective glycerol photoelectroconversion to formic acid.

Symposium D – Poster. Raul Back Campanelli. Superconductivity in Bulk Silicon Crystals.

Symposium D – Oral. Davi Araujo Dalbuquerque Chaves. Influence of heat treatments on microstructural and superconducting properties of YBCO nanowires prepared by Solution Blow Spinning.

Symposium E – Poster. Leonardo Henrique Comini Francisco. Near-infrared emitting Cr3+-doped mixed oxide luminescent materials for optical imaging.

Symposium E – Oral. Antonio Valerio Longo. ZnS:Mn QD-based electroemissive layer for QD-ACTFEL light display.

Symposium F – Poster. Ruan Lucas Sousa Lima. Development of the Stokes spectropolarimetry to investigate emission of conjugated molecules.

Symposium F – Oral. Lucas Scalon. Assessing the donor-acceptor nature and the electrochemical stability of a fluorene-diketopyrrolopyrrole-thiophene based copolymer.

Symposium G – Poster. Victor Buratto Tinti. Giant electrostriction in ceria and the effects of alkaline earth dopants.

Symposium G – Oral. Camila Alves Ribeiro. Cold sintering towards the sustainable manufacturing of barium strontium titanate ceramics.

Symposium H – Oral. Sthefany Zaida Silva do Amparo. Microwave-assisted synthesis of reinforced polyacrylamide preformed particle gels for enhanced oil recovery.

Symposium I – Poster. Camila Raiane Ferreira. PMMA/Fe-Laponite nanocomposites thermal stability: experimental evidence of the diffusion barrier and radical trapping effect.

Symposium I – Oral. Marylyn Setsuko Arai. Development of “turn-on” luminescent sensors based on upconversion nanoparticles.

Symposium K – Oral. Nataly Herrera Reinoza. Atomically precise bottom-up synthesis of h-BNC: graphene doped with h-BN nanoclusters.

Symposium L – Oral. Julia Delatorre Bronzato. Virus Inactivation and Degradation of an Emergent Pollutant by Chiromagnetic Cobalt Oxide Quantum Dots.

Symposium M – Oral. Rapahel F. Moral. Influence of the Vibrational Modes from the Organic Moieties in 2D Lead Halides on Excitonic Recombination and Phase Transition.

Symposium N – Poster. Guilherme B. Strapasson. Microwave assisted green synthesis of silver nanoparticles and its application in photocatalytic hydrogen generation.

Symposium N – Oral. Mariana Monteiro de Lima Forini. Development of lipid nanocarriers labeled with gold nanoparticles and their fate in aquatic plants.

Symposium O – Poster. Bruno Ferrari. Microstructure of Inconel 718 parts produced by casting and additive manufacturing: a comparison.

Symposium O – Oral. Eloisa Pereira Cardozo. Impact of multiple thermal cycles on Nb-Si multilayers.

Symposium P – Poster. Pedro Henrique Fernandes Oliveira. In-situ synchrotron X-ray evaluation on the evolution of dislocation and stacking-fault densities for a Cu-0.7Cr-0.07Zr alloy during cryogenic tensile test.

Symposium P – Oral. Daniel da Silva Costa. In situ study of the formation of NiSi2 nanoplates embedded in a Si(001) wafer.

Symposium Q – Poster. Jailton Romão Viana. A DFT study of the coordination complex of Cu(II) with L-threonine ligand.

Symposium Q – Oral. Julia Aznar. Twist-to-writhe conversion in diamond nanowires: a computational study.

Symposium R – Poster. Giovana Collombaro Cardoso. Development and Microstructural Analysis of novel As-Cast Ti-Mo-Nb Alloys for Biomedical Applications.

Symposium R – Oral. Igor Lebedenco Kitagawa. Titanium-Based Alloy Surface Modification with TiO2 and Poly(Sodium 4-Styrenesulfonate) Multilayers for Dental Implant.

Symposium T – Poster. Lais Pereira Buranello. Characterization of the corona protein formation inthree different manganese ferrite nanoparticles coatings in vitro and its impacts on the circulation time evaluated by AC Biosusceptometry in vivo.

Symposium T – Oral. André Luís Lira. Effects of ultrasmall nanoparticles on blood clotting enzymes.

Symposium U – Poster. Gabriel Yuji Hata. Biosilica from diatom microalgae: structural, morphological and photoelectrochemical characterization.

Symposium U – Oral. Oceane Senepart. Axonal growth stimulated by surface modification using physical and chemical processes.

Symposium UC – Oral. Rafael Taveira Andrade. Development and fabrication of non-disposable Personal Protective Equipment and a decontamination device based on UV-C radiation by Additive Manufacturing.

Symposium V – Poster. Anna Fortunato. Synthesis of metal-triggered hydrogels and their applications in water treatment and food spoilage detection.

Symposium V – Oral. Roger Borges. Colloidal hydrogel-based drug delivery systems overcome the limitation of combining bisphosphonates with bioactive glasses in bone cancer treatment.

Symposium X – Poster. Fabio Caixeta Nunes. Effect of strontium ions on the formation of calcium phosphates on the surface of Al2O3/ZrO2 nanocomposite.

Symposium X – Oral. Marcos Antonio Eufrásio Cruz. The role played by matrix vesicles during bone biomineralization: a materials science vision.

ACS Publications Prizes

(Sponsored by journals of ACS Publications, a division of the American Chemical Society. Prizes for the best student contributions of all the event)

ACS Applied Materials & Interfaces family Prize: Symposium A – Poster. Ezequiel Lorenzett. Natural latex and graphite nanocomposites for low-cost flexoelectric sensor and energy harvesting devices.

Accounts of Materials Research Prize: Symposium F – Poster. Ruan Lucas Sousa Lima. Development of the Stokes spectropolarimetry to investigate emission of conjugated molecules.

ACS Omega, ACS Central Science and JACS Au Prize: Symposium O – Poster. Bruno Ferrari. Microstructure of Inconel 718 parts produced by casting and additive manufacturing: a comparison.

Chemistry of Materials and ACS Materials Letters Prize: Symposium R – Poster. Giovana Collombaro Cardoso. Development and Microstructural Analysis of novel As-Cast Ti-Mo-Nb Alloys for Biomedical Applications.

Langmuir Prize: Symposium T – Poster. Lais Pereira Buranello. Characterization of the corona protein formation inthree different manganese ferrite nanoparticles coatings in vitro and its impacts on the circulation time evaluated by AC Biosusceptometry in vivo

ACS Energy Letters and Energy & Fuels Prize: Symposium A – Oral. Lucas Leão Nascimento. Development of Bi2WO6 photoanodes for selective glycerol photoelectroconversion to formic acid.

ACS Materials Au and ACS Nanoscience Au Prize: Symposium F – Oral. Lucas Scalon. Assessing the donor-acceptor nature and the electrochemical stability of a fluorene-diketopyrrolopyrrole-thiophene based copolymer.

ACS Photonics Prize: Symposium N – Oral. Mariana Monteiro de Lima Forini. Development of lipid nanocarriers labeled with gold nanoparticles and their fate in aquatic plants.

ACS Nano and Nano Letters Prize: Symposium O – Oral. Eloisa Pereira Cardozo. Impact of multiple thermal cycles on Nb-Si multilayers.

JACS Prize: Symposium P – Oral. Daniel da Silva Costa. In situ study of the formation of NiSi2 nanoplates embedded in a Si(001) wafer.

RSC Prizes 

(Sponsored by journals of the Royal Society of Chemistry. Prizes for the best student contributions of all the event)

Symposium D – Poster. Raul Back Campanelli. Superconductivity in Bulk Silicon Crystals.

Symposium P – Poster. Pedro Henrique Fernandes Oliveira. In-situ synchrotron X-ray evaluation on the evolution of dislocation and stacking-fault densities for a Cu-0.7Cr-0.07Zr alloy during cryogenic tensile test.

Symposium V – Poster. Anna Fortunato. Synthesis of metal-triggered hydrogels and their applications in water treatment and food spoilage detection.

Symposium D – Oral. Davi Araujo Dalbuquerque Chaves. Influence of heat treatments on microstructural and superconducting properties of YBCO nanowires prepared by Solution Blow Spinning.

Symposium R – Oral. Igor Lebedenco Kitagawa. Titanium-Based Alloy Surface Modification with TiO2 and Poly(Sodium 4-Styrenesulfonate) Multilayers for Dental Implant.

Symposium T – Oral. André Luís Lira. Effects of ultrasmall nanoparticles on blood clotting enzymes.

Oswaldo Luiz Alves: nota de pesar.

A SBPMat expressa profundo pesar pelo falecimento de Oswaldo Luiz Alves, professor da UNICAMP, ocorrida no dia 10 de julho. Alves tinha 74 anos de idade.

O Professor Alves foi um dos primeiros pesquisadores a trabalhar com Química do Estado Sólido no Brasil, e, ao longo da sua carreira, fez importantes contribuições à área de Materiais, além de ter uma forte atuação na formação de recursos humanos e em divulgação científica.

Foi entrevistado em 2015 pelo Boletim da SBPMat. A entrevista pode ser lida em https://www.sbpmat.org.br/pt/gente-da-nossa-comunidade-entrevista-com-o-cientista-oswaldo-luiz-alves/.

Boletim da SBPMat. 106ª edição.

 

 

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Boletim da
Sociedade Brasileira
de Pesquisa em Materiais

Edição nº 106. 30 de junho de 2021.

20 anos da SBPMat

No final da tarde de 25 de junho, a SBPMat comemorou seu 20º aniversário com uma live que reuniu fundadores, membros e ex-membros de diretoria e conselho, representantes dos University Chapters, equipe e parceiros. O evento contou com um bate-papo sobre a SBPMat e a pesquisa em Materiais no Brasil ontem, hoje e amanhã, além de um brinde virtual. Assista à gravação do evento no YouTube da SBPMat (e inscreva-se no canal).

20 anos

A SBPMat foi criada por um grupo de físicos, químicos e engenheiros que buscavam interação entre áreas do conhecimento; entre pesquisa básica, aplicada e tecnológica; entre comunidade nacional e internacional. Com esse espírito, nasceram a SBPMat e seus encontros anuais.

Alguns links para saber sobre a criação da SBPMat:

– Resumo da história, aqui.

– Reportagem “História da SBPMat: concepção e gestação”, aqui.

– Entrevista com Guillermo Solórzano, líder do processo de criação da SBPMat, aqui.

Artigo em destaque

Equipe da UNESP e colaboradores de Portugal desenvolveram um revestimento capaz de proteger da corrosão uma liga utilizada em aplicações aeroespaciais. Formado por um polímero de óleos vegetais e micropartículas de zinco, o revestimento recupera-se espontaneamente após sofrer riscos. Artigo foi publicado no Chemical Engineering Journal. Saiba mais.

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Artigos sugeridos pela comunidade

Lithium disilicate glass produced at high pressure: Characterization of structural, thermal and mechanical properties. Leonardo Resende, Naira M. Balzaretti, Altair S. Pereira, Marcos A. Z. Vasconcellos, Silvio Buchner. Journal of the American Ceramic Society. https://doi.org/10.1111/jace.1770

Utilizando alta pressão, os autores, da UFRGS e UFR, propõem uma rota alternativa de produção de sistemas vítreos de alta densidade.

Você gostaria de sugerir a divulgação de um artigo da sua autoria, de alto impacto e feito no Brasil? Envie a referência e uma frase sobre o paper para comunicacao@sbpmat.org.br.

Novidades de sócios da SBPMat

Prof. Aldo Zarbin (UFPR) escreveu um artigo de revisão, a convite da Materials Horizons, sobre a rota interfacial líquido/líquido – técnica desenvolvida em seu grupo de pesquisa que permite sintetizar, processar e modificar filmes finos de todos os materiais de forma simples e barata. Em entrevista, o cientista fala sobre as possibilidades desta técnica “made in Brazil” e conta como aconteceu o desenvolvimento. Veja a entrevista.

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Profa. Mônica Cotta (UNICAMP), presidente da SBPMat, foi nomeada membro do comitê do VinFuture Prize, um prêmio internacional dedicado a pesquisas e inovações que tenham grande impacto na qualidade de vida humana e no desenvolvimento sustentável. Saiba mais.

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XIX B-MRS Meeting + IUMRS ICEM 2021 (virtual)

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– Programa. O programa geral do evento já está no site! Veja aqui.

– Orientações para apresentadores. Estão disponíveis as instruções para as apresentações orais e de pôster, bem como orientações gerais sobre o evento virtual. Veja aqui.

– Prêmios para estudantes de graduação e pós-graduação. A submissão de resumos estendidos para participar dos prêmios pode ser feita após a aprovação do resumo e até 19 de julho. Os Bernhard Gross Awards, da SBPMat, distinguirão o melhor pôster e melhor oral de cada simpósio. Os ACS Publications Prizes, da American Chemical Society, vão outorgar prêmios em dinheiro aos melhores trabalhos de todo o evento. O RSC Award, da Royal Society of Chemistry, premiará os 6 melhores pôsteres com vouchers para compra de livros. Saiba como concorrer aos prêmios, aqui.

– Plenárias e palestra memorial. Paula Vilarinho (Universidade de Aveiro) e Sergio Rezende (UFPE) se somam aos plenaristas do evento. Desta forma,10 cientistas de destaque internacional falarão sobre materiais bioinspirados, caracterização de materiais com alto grau de desordem estrutural, supercondutores, tecnologias microfluídicas, bioeletrônica, design inverso, semicondutores orgânicos, nanocompósitos plasmônicos e spintrônica. Veja nomes e bios, títulos e resumos, na página inicial do site.

– Outras atividades. Além das sessões dos simpósios e das plenárias, o evento contará com workshops e paineis de discussão sobre escrita e apresentação de trabalhos científicos; sub-representação de gênero, raça e distribuição geográfica na ciência; perovskitas e indústria fotovoltaica. Saiba mais.

– Inscrição – early registration. Desconto por early registration está disponível até 30 de julho. Confira os valores, aqui.

– Inscrição – desconto para sócios. A soma dos valores da anuidade de sócio + inscrição com desconto é menor que o valor da anuidade para não sócios. Anuidade pode ser paga junto à inscrição ou separadamente. Confira os valores, aqui.

– Inscrição – América Latina. Participantes de instituições latino-americanas pagam o mesmo valor na inscrição do que os participantes do Brasil. Confira os valores, aqui.

– Apoio e patrocínio. Esta edição virtual do evento oferece estandes virtuais e outras possibilidades para empresas e entidades interessadas em se conectar com a comunidade e exibir seus produtos e serviços. Interessados podem entrar em contato com Alexandre Alves no e-mail comercial@sbpmat.org.br.

Site do evento: https://www.sbpmat.org.br/19encontro/

Anuidades SBPMat 2021

Sócios da SBPMat podem encontrar os boletos referentes à anuidade 2021 em suas áreas de sócios, inserindo login e senha no cabeçalho do site. Estudantes e profissionais que ainda não são sócios estão convidados a fazer parte. Saiba mais.

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Oportunidades

– Curso online “Fundamentos de Microscopia Eletrônica de Transmissão Aplicada à Ciência dos Materiais” será ministrado pelo Prof Daniel Ugarte (UNICAMP). O curso é associado a uma disciplina de pós-graduação do IFGW-UNICAMP, mas é aberto a estudantes de todas as instituições. Saiba mais.

– XI Curso do Método Rietveld será realizado online de 5 a 26 de julho deste ano. Saiba mais.

– Vaga de pesquisador em Nanoeletrônica no LNNano-CNPEM. Saiba mais.

– Processo seletivo para mestrado e doutorado em Física e Química de Materiais na Universidade Federal de São João del-Rei. Inscrições até 30 de julho. Saiba mais.

Dicas de leitura

– Pesquisadores da UNESP propõem método para magnetizar material paramagnético sem aplicação de campo magnético externo (Scientific Reports). Saiba mais.

– Equipe com participação de pesquisadores da UFABC desenvolve fios de sutura capazes de liberar fármaco anti-inflamatório de forma controlada ao longo do tempo. Trabalho foi premiado como melhor paper do ano pelo Journal of Drug Delivery Science and Technology. Saiba mais.

– Pesquisadores da UFG desenvolvem nanopartícula magnética capaz de gerar e monitorar calor em terapias térmicas para tratamento localizado do câncer (ACS Applied Nano Materials). Saiba mais.

– Pesquisadores do IQSC-USP desenvolvem método computacional para selecionar materiais bidimensionais promissores para células solares de alto desempenho e fazem uma triagem entre 72 metais de transição dicalcogenados (ACS Applied Energy Materials). Saiba mais.

Agenda de eventos presenciais e online

– VIRTUAL. International Conference on Materials for Humanity (MH 21). 6 a 9 de julho de 2021. Site.

– WEBINAR: Electrochemistry at the Nanoscale: Application to Materials for Energy Storage. Palestrante: Patrice Simon (Université Paul Sabatier). Organização: CINE. 9 de julho de 2021. Site.

VIRTUAL. XIX B-MRS Meeting (Encontro da SBPMat) + IUMRS ICEM (International Conference on Electronic Materials). 30 de agosto a 3 de setembro de 2021. Site.

– 7th International Polysaccharide Conference (EPNOE 2021). Nantes (França). 11 a 15 de outubro de 2021. Site.

VIRTUAL. II Workshop Internacional da Pós Graduação em Engenharia Física da UFRPE. 19 e 20 de outubro de 2021. Site.

VIRTUAL. 1° Congresso Fronteiras da Nanociência e Nanotecnologia: avanços realizados por jovens cientistas brasileiros. 27 a 29 de outubro de 2021. Site.

7th Meeting on Self Assembly Structures in Solution and at Interfaces. Bento Gonçalves, RS (Brasil). 3 a 5 de novembro de 2021. Site.

4th Workshop on Coated Tools & Multifunctional Thin Films. Campinas, SP (Brasil). 29 de março a 1 de abril de 2022. Site.

XVIII International Small Angle Scattering Conference. Campinas, SP (Brasil). 11 a 16 setembro de 2022. Site.

11th International Conference of the African Materials Research Society (AMRS2022 ). Dakar (Senegal). 12 a 15 de dezembro de 2022. Site.

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Aniversário da SBPMat: 20 anos!

Nesta sexta-feira, dia 25 de junho, das 18h30 às 20h00, a Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) comemora seus 20 primeiros anos de existência com uma live. 

O evento inclui um bate-papo sobre passado, presente e futuro da pesquisa em Materiais no Brasil com ex-presidentes da SBPMat: Osvaldo Novais de Oliveira Junior (IFSC-USP), Roberto Mendonça Faria (IFSC-USP), Fernando Lázaro Freire Junior (PUC-Rio), Elson Longo (UFSCar) e Guillermo Solórzano (PUC-Rio).

O evento será transmitido no YouTube da Sociedade, que será relançado na ocasião. 


20Anos_560pxAniversário da SBPMat – 20 anos!

Quando: Sexta-feira, dia 25, das 18h30 às 20h00.

Onde: No YouTube da SBPMat.

Programação:

18h30 – 18h40 – Boas-vindas.
18h40 – 19h50 – Bate-papo com ex-presidentes da SBPMat: “Pesquisa em Materiais no Brasil – ontem, hoje e amanhã”.
19h50 – 20h00 – Encerramento: Palavras da Profa Monica Cotta, atual presidente da SBPMat.
20h00 – Brinde à SBPMat.


Sobre a criação da SBPMat

A SBPMat foi fundada em assembleia geral de constituição no dia 26 de junho de 2001. A sua criação foi conduzida por um grupo de físicos, químicos e engenheiros. Esses pesquisadores almejavam uma entidade que representasse todas as áreas do conhecimento, todas as famílias de materiais (metais, polímeros, cerâmicas) e todos os tipos de pesquisa (básica, aplicada e tecnológica) envolvidos na Ciência e Tecnologia de Materiais. O grupo de fundadores também buscava aumentar a interação entre as comunidades nacional e internacional de pesquisa em materiais, e encontrou apoio em ambas para criar a Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais.

Para saber mais sobre esse processo, leia estas matérias, produzidas em 2013:

  • Resumo da história. Aqui.
  • Reportagem “História da SBPMat: concepção e gestação”, elaborada com base em documentos e entrevistas com alguns dos fundadores. Aqui.
  • Entrevista com Guillermo Solórzano, líder do processo de criação da SBPMat. Aqui.

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